Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Cianeto

Sei há muito que nada

Mas mesmo nada

Fará de mim um santo

Nem a minha comédia

De filantropo fugindo ao castigo

Nem o meu rosto de morto-vivo

Nem a minha rota de saltimbanco do eterno

Nada...nada fará de mim um santo

Já paguei...

Já pus e tirei a minha máscara

Já subi do abismo

Já fui o inconsciente que escorraçou o Diabo

E a troco de nada...

Convivi com anjos e demónios

Conheci-lhes as manhas contemplativas

E seube que todos os demónios

São anjos-demónios

Agora...deleito-me

Espreitando as máscaras dos vivos

Deixei de carregar o passado

Como se fosse um castigo

Escorracei a nostalgia

Sou agora um céu apaixonado

Que todos os dias me mostra a caveira

Que carrego como uma lembrança

Do cianeto dos dias

E que todas as manhãs

A tenho que ressuscitar para a vida!

 

2 comentários

Comentar post