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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Cínicas varandas

Correndo ao acaso pela minha alma...

Luz furtivamente um arrepio de sentimentos

Certezas deliciosas...angústias transparentes...horas de lividez...

Como a profunda redenção da respiração embargada.

 

Perante o pasmo dos olhos...

A luz do céu deixou às claras a matéria intoxicada e terrosa

Onde brilha na ponta das estrelas o envelhecimento acendido da vida

O tempo acoitou-se nos amargos e cínicos vasos das varandas

E as minhas mãos opacas...

Sentindo a luminosidade fria das trevas... engelharam-se

Escrever tornou-se um castigo...uma chama devoradora

Um trago de veneno doce

Que se fixou na minha alma como uma pregadeira de brilhantes

Que depois se inflamou como uma vela perfumada de sonhos

Que agora corre ao encontro de dolorosos apelos de prazer

Como se tivesse de responder a  brados ansiosos

Que terão que esperar pela hora de serem expiados.

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