Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Como olhos sufocados pela força dos lábios!


Chove sobre os nossos olhos ...que dançam sobres as campas rasas
Ao som dos nossos crimes...
Chove sobre as campas rasas... que discretos olhos fazem céus ...
Chove sobre os nossos corpos rígidos
E sobre os nossos destinos emocionados
Destinos que pendem como frutos na árvore dos dias...
Chove sobre os nossos corpos inventados
Colocados nos ramos dessas árvores adormecidas...em cores frias
Que ofuscadas pelo tamanho das honras apodrecidas
Ostentam medalhas de mármore...
Castanho...rosa...branco...negro...
Chove sobre os nossos corpos descarnados...que perguntam
Pelo sexo do corpo... sem dentes e sem imagem...
Qual foi a maldição fraternal que inventou a beleza?
Qual é o universo onde dançamos... imaginários?
Que afeição trabalha os cálculos impacientes?
Que fortuna imbecil reflecte a nossa dança?
Que riscos não corremos para ouvir um espírito musical?
Áh! Guerra fraternal de nós...
Áh! Guerra fingida apreciada pelas crianças...
Áh! Japonesa de olhos rasgados que levanta voo pela colina
Áh! Dupla razão de existir e de inflectir....
É sempre tempo de inflectir...reflectir
É sempre tempo de enviar imagens de luz para o universo
Simples raios de luz que ficam a pairar na eternidade
Como olhos sufocados pela força dos lábios!