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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Como poderia eu saber

Como poderia eu saber que dentro dos teus olhos...

A vida era como um prado florido

Como poderia eu conhecer ...esse gesto crepuscular

Se o nome dos oceanos não estava escrito na tua face

E à beira-mar o sangue das pérolas alastrava pela cálida tarde

Por vezes sabemos as coisas que os dias nos contam

Dias feitos de redes remendadas..solitárias como velas cortando o mar

Ninguém viu o punhal que atravessa a solidão

Nem o amor que desembarcou numa ilha distante

Como seriam felizes os dias de sol espantado pelo teu regresso

Se o teu nome viesse escrito num vestido de linho esvoaçante

Como uma porta aberta..por onde o mar entrava...

E eu me perdia...