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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Como por magia...

Por ali seguiu aquela infância...

Cheia de um passado incumprido

Ali está o jardim embaciado

Onde o asfalto fala de sonhos e de países

É pesado o respirar dessa infância

Que se transporta como uma fissura nos dias.

 

Há lugares onde a carne é uma nascente de gritos

Há um barco cheio de uma sorte que adormeceu no lugar onde caímos

Dói-me o rumo das portas e o peso que trago nos bolsos

Dói-me o riso dos recreios onde voei como pássaro sem dor

Agora...este invólucro onde me sento

É uma parede branca...uma planície de aflitos.

 

Bebo os pecados...convivo com gestos simples

Desejo outras terras onde escreva...riso e primavera.

 

Só quero que os anéis solares se entrelacem no meu corpo

E que todas as dores adormeçam numa letargia de luz entreaberta

Mas há o vento a soprar na confusa tarde

Há ilhas que os mapas esqueceram

E palavras que se bebem junto com sono

Mas falemos de noites e de salgueiros

De luzes que brilham no profundo escuro da água

Onde todos os movimentos cessam

E todas as madrugadas se calam...

Como por magia...

 

 

 

 

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