Como se fosse levado...pela barbárie respeitosa do átomo de Fukushima.
Levantei-me como se nunca me tivesse sentado
Respondi de pé às vozes exiladas
Que me perguntavam pela perfeição inquieta
E pelas criaturas sonhadoras....
Onde está o egoísmo que impaciente clama pelas multidões
Onde estão as vozes da fraqueza
Onde estão as flores que cantam melodias
Tudo foi levado da natureza...
Como se fosse levado...pela barbárie respeitosa do átomo de Fukushima.
Todas as adolescências foram impotentes
Todas as tentações foram permitidas
E todas as possibilidades foram uma arquitectura amorosa.
Correrás para as emoções como quem vai para um tesouro
Disse-me a Terra fraternal...
Irás devorar as memórias ausentes...como um exilado...
Porque já nada há que ver na ausência encolhida do orgulho
Porque os seres perfeitos perderam as formas
Porque a primavera adormeceu dentro das flores
E Pã já não toca a sua flauta...
Mas as engenhosas melodias nocturnas
Continuam a caçar os incautos seres da floresta...
Que me espera?
Lá onde encontrarei o mundo quando partir
Lá onde me sentarei com o sol
Lá onde ouvirei o canto coralino das maldições harmónicas
Lá...onde me sentarei ... como se nunca me tivesse levantado!