Como se não tivessem ventre...
Eu sou qualquer um que passa por ti na rua
Eu sou aquele que conhece as caves da tua solidão
Mas não sou aquele que te aponta o dedo
Nem o que espreita na sombra
Sou apenas um louco perigoso
Um louco que descobriu na dualidade do ser
A demência que nos faz ser inteiros e maravilhosos.
Sou aquele que descobriu por debaixo de perfumes austeros
A beleza dos corpos que correm ansiosos...
Implorantes e fátuos...desejados e desarmónicos...
Fielmente convertidos à leis sagradas...
E erguidos perante a tirania ofuscante da beleza...
Como se não fossem escravos da idade
Como se não tivessem ventre...
Como se não implorassem amor
Como se não cantassem... embriagados pelo desejo
Árias... que nas ancas esplêndidas traçam destinos...
E onde enterramos juras!