Como uma tarde que abraça o sol caindo no ocaso...
Deixo ficar na paisagem do tempo...a minha janela aberta para os abismos
Onde reconheço a auréola matinal...que viaja sem direcção...em todas as direcções
Saúdo o sol...como se fosse uma cabana solitária à beira de um lago...
Estico os olhos para o raio de luz que atravessa a parede...
Porque a janela escureceu e os sussurros que me rondam...não se sentam a meu lado...
Ah... pudesse eu poisar na sombra taciturna do teu olhar...
E as estrelas nocturnas acenderiam as suas luzes...para nós...
Os mochos e as corujas...entoariam cânticos...
Como se fossemos um vulcão expelindo lava cor-de-rosa...
Que... ao deslizar pelas suas vertentes inclinadas...
Se mistura...una...ardente...incendiando todos os nossos demónios...
Numa orgia de fogo rosa...que acaricia os nossos medos...
Como uma tarde que abraça o sol caindo no ocaso...