Confusão
Olho para a escuridão
Habito todas as possibilidades
Oiço o tempo a escoar-se pelo vinil
Música muda...é possível viver sem escutar
Desfolho os rostos que já esqueci
Ou nem tento sequer lembrar
São rostos anárquicos
Cheios de outros tempos
Cheios de outras eras
Onde éramos...outros...
E ali ficámos a beber o silêncio
Firmes...como se criássemos a vida
Confusos como se a existência não estivesse ali
Soltar as amarras
O porto ficou para trás
O barco desancorou
As coisas permaneceram...confusas...