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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Consolação...

Há uma passagem dentro de cada um. Há flocos de neve a suavizar-nos os dias. E está uma montanha em cada sonho. Uma subida em cada degrau. Um vexame em cada saliência de nós. Lamentamos as verdades. Sentimos as insondáveis vibrações de um vulcão misterioso. Acenamos à nossa lucidez. Deixamo-la partir em carruagens de fantasia. Ah! Maravilhoso jardim da inocência. Em nossa volta ergue-se um muro de espectros. Uma prisão de destinos. Um canteiro de roseiras. E nós...acenamos a breves mundos. A breves nostalgias. À consolação de breves céus.

 

Do fundo de nós ergue-se uma altivez branca. Uma enfática afirmação de tempo. Uma errática alvura de sonhos. Que morra o tempo. Que morram todas as verdades. Que fique o azul e a urgência de uma breve sentença. Que fique tudo o que nos acorda. Até que as horas abafem...a nossa caminhada sinuosa. Onde a aflição tem o preço...de um silencioso espaço sideral. Onde o vento corre. E os sinos enchem as ruas...como um chamamento feito de intangíveis choros....a ecoarem nos astros serenos!