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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Contemplo a intacta extensão da luz

Contemplo a intacta extensão da luz branca do néon

Escorro pela misteriosa porta onde o anoitecer me espera

No fundo de mim mora o segredo das horas vazias

No fundo de mim vive a chuva anestesiada pelo contínuo vaivém das paredes nuas

E há um escuro..um sonho...uma revelação que se ergue do anoitecer

Nuvens de estrelas pejam a madrugada...

Aderem aos corpos exaustos pela fuligem das marés

Buscam no ritmar dos dedos a seda da pele...chove nas saliências das portas de aço

Há um sonho de pessoas espessas a brincar na madrugada

Crianças anoitecem no escuro da avenidas...

A luz branca enche-lhes os dedos com sonhos

Mulheres brilham no embaciado dos olhos...as salas esvaziam-se...lentamente...

E no fundo dos copos...há um rasto de secura...