Corpos alados
Face de olhos escamados
Derretimento de pintura vermelha...lajes lívidas
Desenham-se catástrofes nas madrugadas
Batalhas eclodem...mulheres abandonam-se
Querem ver todos as martírios
Todas as contracções do corpo
Todas as tapeçarias da alma
O perdão desbota-se ..calcina-se
Poisa sobre mármores negros
Emerge em colunas onde assentaram estátuas líquidas
Abandona-se no verde dos rostos
Espantos róseos de soutiens desabotoados
Sol que seca os suspiros
Incenso caído aos pés da cama
Entregue ao aroma dos corpos alados!