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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Cotovia

Nós... joguetes místicos de uma luz desconhecida

Gostávamos de saber quem somos

Quando passeamos pelos caóticos acordes dos dias

Mas não...é impossível...

Não há outro mundo onde possamos ser o que somos agora.

 

Que venha o vento acordar a febre das pedras

Que venha o vento ciciar às velas

Que venha o vento afagar o tom violáceo das tardes

Se em nós nada resta...se de nós nada sabemos...

Talvez uma fé desconhecida se erga dentro do turbilhão da alma

Talvez encontremos consolo nas coisas desconhecidas

Talvez a vida seja o pão que o diabo não amassou

E nós sejamos a cotovia que desperta quando nasce o sol

Para voar dentro dessa luz...que nos fere a vista.

 

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