Cotovia
Nós... joguetes místicos de uma luz desconhecida
Gostávamos de saber quem somos
Quando passeamos pelos caóticos acordes dos dias
Mas não...é impossível...
Não há outro mundo onde possamos ser o que somos agora.
Que venha o vento acordar a febre das pedras
Que venha o vento ciciar às velas
Que venha o vento afagar o tom violáceo das tardes
Se em nós nada resta...se de nós nada sabemos...
Talvez uma fé desconhecida se erga dentro do turbilhão da alma
Talvez encontremos consolo nas coisas desconhecidas
Talvez a vida seja o pão que o diabo não amassou
E nós sejamos a cotovia que desperta quando nasce o sol
Para voar dentro dessa luz...que nos fere a vista.