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folhasdeluar

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Crinas e algas

Podes desdobrar-te em cantos de cristal. E adormecer em voos de pássaros de bronze. Vestir a tua imortalidade com séculos de prata. Povoar a vida com a destruição das florestas. Homem que pairas nas sombras. Homem que derrubas penumbras. Homem que cais a cada dia. Homem feito de areia e sofreguidão. Toca no tempo. Deixa escorrer o espanto. Faz florir os impérios. Magnético homem que abarcas em ti os gritos alterados dos corvos. Coeso ser feito de margens e de cidades. Interior e exterior de espíritos. Palácio quebrado. Profeta. Fruto e sumo desamparado. Poisa uma mão no outro lado do mar. e a outra...guarda-a para ateares o fogo que te queimará.

 

 

Se pressentires que na escuridão do tempo uma alegria se afasta...toma balanço...salta. Acede ao fundo de ti. Se pressentires que as luzes da noite se apagam...respira o ar silente... bem fundo. E renascerás no rolar da madrugada.

 

Flores de barro. Coloridas bailarinas. De repente tudo é novo. Tudo depende das crinas da imaginação...soltas ao vento que agita as águas...e as algas.