Crisálida incendiada
Em cada caminho um patamar de relâmpagos
Em cada claraboia um desfiar de memórias
O ar é a minha sede...
A minha abreviação das horas
No meu coração vive a luz dos poemas
A minha paisagem...
O meu sorriso chega na fome das palavras
Sou o cenário de luz
Onde os meus passos se incendeiam
E o meu corpo se agita na abreviação das falésias
Como se sobrasse de mim a deflagração da beleza
E o meu coração fosse a crista
De uma crisálida incendiada.