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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Deixa que a serenidade da tua carícia se quebre na minha alma

 


Há uma labareda que queima o vento


Um vapor de cores geladas adeja na mansidão do voo das andorinhas


O sonho tece as manhãs com alamedas desfolhadas


Penas suaves desprendem-se das flores do sonho


Subimos pela palidez de Março..vamos ao encontro do sol e da espuma


Mas há um gelo que queima a luz nua das manhãs


Um vapor de onde emergem rosas frescas


Há frémitos a crescer nos sonhos...palavras a nascer nos versos


Barcos que cantam em pleno dia


Escândalo de jornais onde a banalidade treme de prazer


Ai esta máscara a acordar-me para as flores entreabertas


Ai este flagelo das vozes irreais


Delírios de felicidade aquecem o teu cheiro...aquele que ficou nas minhas mãos


Vamos acender o nosso candeeiro..


Vamos atear o nosso sol despido da pálida neve da ilusão


Por favor..deixa que a serenidade da tua carícia se quebre na minha alma


Como um aflorar de bosques caprichosos


Onde a melancolia morre na tarde rasa de água.