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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Deixei a porta fechar-se sobre o Outono

Deixei a porta fechar-se sobre o Outono
Encolhi os ombros ao som dos sinos que repicavam
E a minha atenção voltou-se...
Para as paredes desocupadas...de palavras doces...
As tempestades não assustaram a melancolia
Os trovões feriram o ar como foguetes incómodos
E as árvores....penosamente impressionadas...
Choraram seiva azul...era o fim do esplendor...
Mas...os teus contornos...intactos...
Ficaram a arder ...como fogos fátuos...
Nas minhas mãos que rodopiavam em teu redor
Como se fosses um bailado incoerente
Em que os pés emitissem sons roucos e abafados
Irónicos...amargos...como fogueiras...
Que me queimavam os olhos fechados... esvoaçantes...
E que procuravam no aroma do teu perfume...
O meu corpo imolado...em ti...