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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Delírio

Sou o cavaleiro extenuado que galopa pelas alamedas suspirantes

Da minha carne transbordam colunas de mármore florido

Enfeitadas com repuxos que esvaziam o meu coração flagelado pelo vento

Ergo então a minha trombeta sobre os vasos de crisântemos brancos

Anunciando suspiros de sol que se espraiam em famigerados ardores felizes

Loucas doçuras lilases enfeitam as pedras que suspiram graciosas e ternas

E nos lagos dos jardins as fontes guardam os ardentes segredos

Trocados por lábios colados que ruborizam os singelos canteiros de dálias

Profundos Outonos reluzem nas ruas estilhaçadas pelos perfumes murchos

E eu inconscientemente incito o meu cavalo

Que se ergue para o céu profundo

De onde escorre uma absurda lágrima

Como se tivesse saído de uma Primavera enevoada

Ou de um suspiro vindo do mais profundo grito das ramarias

Depois...lavo as minhas impurezas no teu olhar róseo

E bebo por uma taça de ouro a delirante embriaguês do teu corpo.

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