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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Dentro de mim há um rio

Dentro de mim há um rio

Onde o peso dos dias aflora como um caminho estreito

Dentro de mim há uma sombra

Que se desprende da frescura da minha alma

Dentro de mim há um sol

Que se refugia na lonjura dos pensamentos

E se esquece do tempo onde é preciso modelar o barro dos dias

Tudo se amontoa em mim

Como restos de um tempo sem medida.

 

Dentro de mim há um escuro

Que me encobre como uma neblina feita de séculos

Em frente a mim há toda a estética de uma alegria pura

Em frente a mim empilha-se o deslumbramento da vida

E traço um risco na luz

E faço uma aliança comigo

E descubro na verdura do mar

A fúria única que une a paixão à vida.

 

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