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folhasdeluar

Poesia e outras palavras.

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Poesia e outras palavras.

Descartes e o coronavírus

Esta carta escrita por Descartes para a princesa Isabel da Boémia em 1645, é absolutamente actual relativamente aos tempos em que vivemos. Dedico-a a todos os que põem em perigo a sua vida para nos ajudar a vencer esta batalha.

 

 

Apesar de cada um de nós ser uma pessoa separada das outras e, por conseguinte, cujos interesses são, de certo modo, diferentes dos do resto do mundo, todavia devemos pensar que não se pode sobreviver sozinho, e que se é, com efeito, uma das partes do universo e, mais particularmente ainda, uma das partes desta terra, uma das partes deste Estado, desta sociedade, desta família, à qual nos juntamos pela morada, pelo juramento, pelo nascimento. E é preciso sempre preferir os interesses do todo, de que se faz parte, aos da sua pessoa em particular.(...) Se relacionássemos tudo connosco, não recearíamos prejudicar muito os outros homens, quando julgássemos tirar daí qualquer pequena facilidade, e não se teria nenhuma verdadeira amizade, nem qualquer fidelidade, nem, geralmente, qualquer virtude; em vez de nos considerarmos como uma parte do público, temos prazer em fazer bem a toda a gente e nem sequer se teme expor a vida ao serviço de outrem, quando a ocasião se apresenta.”***

 

 

*** do livro – A Grande Implosão – de Pierre Thuillier

 

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