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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Deveria ser criado um subsídio ao ócio

Vivemos num absurdo civilizacional em que as novas tecnologias que nos vieram libertar do trabalho pesado, agora nos escravizam com o aumento do tempo de trabalho. É um absurdo que os jovens definhem sem oportunidades enquanto os mais velhos desejam apenas ter tempo para viver. A dicotomia entre o tempo de trabalho e o tempo de viver tem que ser repensada e utilizando a feliz expressão do Prof. Agostinho da Silva: “deveria ser criado um subsídio ao ócio”, sim, quem ao chegar a uma certa idade puder deixar o seu posto de trabalho a outra pessoa deveria poder fazê-lo recebendo esse subsídio. Quantos de nós não abdicaríamos de parte do nosso salário em troca da liberdade? Quando se perceberá que o tempo de trabalho é um bem escasso que tem que ser distribuído por todos? Parece que não será nos nossos dias, uma vez que esse bem que rareia está cada vez mais concentrado naqueles que têm emprego e que mesmo que queiram não o podem distribuir por quem anseia trabalhar. Estamos a regredir aos tempos da revolução industrial e parece incrível que com todo o saber que existe e com toda a tecnologia ao nosso dispôr sejamos cada vez mais sacrificados e infelizes e tenhamos menos tempo para viver. É tempo de parar e pensar, é tempo do homem usufruir de si e não de ser usufruído, é tempo da realização do espiríto...