Dias de pura prata...
Caí no caldeirão da vida...
Mas saí a tempo
Saí a tempo de caminhar nas avenidas enxutas de gente
De subir aos terraços... de ouvir a voz do caos.
Saí a tempo de apertar a mão amiga da primavera
De acompanhar as árvores no bosque
Como se pesquisasse tesouros ao sol lento do meio dia
Saí a tempo de ouvir a minha história
Contada em livros feitos de ilusões
Saí a tempo de saber que a sabedoria é nada
Que as carícias são tesouros
Que o pensamento é o palco do sentir
Que a Terra Santa é feita de guerras
Que todos dizem que Deus é Grande
Que as especiarias vieram da Índia
Que os nossos amigos...
São preciosidades que devemos conservar
Que as aves voam em direcção aos rios
Que a luz voa em direcção ao mar
E que muitas vezes desdenhamos o dia que nasce...
Na manhã de ouro
E que todos os nossos dias...deveriam ser...
Dias de pura prata...