Dias em que as bonanças seriam irmãs dos paraísos...
Já não sinto a água que espumeja pelo teu sobrado de ébano
És...como se fosses um piscar de olhos.. um fogo de que já só resta a cinza...
Ou uma precipitação extravagante...uma inutilidade...
Um sinal gratuito que o vazio esfarelou da minha mente...
Os teus risos impulsivos já não me tocam...
Porque estabeleci um tempo...e o teu silêncio aclarou-me o olhar
A tua constante contradança mostrou-me que as afinidades se perdem
Que a curiosidade escasseia...que o silêncio é uma cortesia...
E que do vazio que se cria... se pode fazer um desencontro
Porque não há nada que da terra eriçada de lugares absortos e ausentes
Não possa renascer...
Mas da semente enterrada em terra árida...
Apenas podem frutificar olhos marejados pelas brasas irónicas
De quem não quis mais que amarrotar os dias em guerras...
Dias em que as bonanças seriam irmãs dos paraísos...
E os dias felizes... um achado terno e sedutor...