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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Dizem que as coisas procuram quem as ama

Dizem que as coisas procuram quem as ama, e que não somos nós a querê-las mas que são elas que nos querem. Vem isto a propósito do meu gosto e ternura por coisas antigas. Andava há muito tempo a ver se encontrava um cântaro de metal daqueles que eram utilizados nas aldeias para ir buscar água à fonte, encontrava muitos em zinco, mas o que eu queria era um de latão, que são muito mais raros. Certo dia numa visita a uma aldeia entrei numa casa( não sei porquê,mas algo me chamou) que estava em ruínas, o chão de madeira tinha abatido, o telhado estava decrépito e uma parte tinha desabado, espreitei e vejo a um canto, sobre uma mesa carcomida pelo caruncho...um cântaro de latão tão bem conservado que não hesitei e trouxe-o...era o meu cântaro...e ele tinha-me escolhido...mas a verdade é que me acontece o mesmo com pessoas, em certas alturas, e no momento próprio aparecem na minha vida...