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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Dúvidas

Despertou em sobressalto dentro de uma dúvida. Qual foi o primeiro sentimento? Quem sentiu o primeiro sentimento? Que sentimento doi o primeiro sentimento que alguém sentiu? Alegria? Medo? Tristeza? Balançava-lhe a alma nesse extenso espaço que vai de quem sente a quem não sabe o que se  sentiu. Em volta de si corria uma misteriosa distância. Uma diluição de vozes. Um arfar de saudades inexprimíveis. Qual foi o primeiro sentimento? Que olhos se encherem com o espanto desse sentimento? Mas a memória submergida no tempo era apenas uma corrente de neblina sem limites...

 

Respirou a sua resignação. Profundamente. Suspendeu-se no seu silêncio de séculos. Estremeceu. Para lá de todos os caminhos. Para lá de todos os espectros. Percebeu que era quem era. Percebeu que se tinha moldado a um tempo sem retorno. Percebeu que o seu reflexo no tempo era uma memória sem relevo. Uma solidão de asco. Os seus horizontes estavam plantados na varanda que dava para os céus abertos. E a eterna ribeira continuava...tranquila...a alimentar o choro das estrelas.

 

Inquietava-se com a arquitectura do universo. No ermo da sua solidão erguiam-se pequenas histórias. Inventava. Queria saber qual era o esgotamento da Vida. Partia ...deixando uma marca de si...em cada ausência dos outros.

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