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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

É no teu coração que vive o ar que respiro

É no teu coração que vive o ar que respiro
a ele volto sempre para respirar
é o teu coração... os meus pulmões...
contruídos com carícias que junto no peito
como notas musicais arrumadas num piano
depois respiro melodias...
envio-tas embrulhadas em sorrisos
que ao encontrarem o teu corpo
o cobrem como pétalas grisalhas...
sorvo o ar do teu coração
como se bebesse a vida
copo atrás de copo... num frenesim celestial...
um dia...marcámos o pés na areia...juntos...
e mergulhámos no mar tempestuoso
eu afundei a alma em sal...confundi-o com lágrimas...
descobri que bem no fundo de mim
podia sentir respirar o teu coração
voltei à superfície descontruído
a cara arruinada...as pernas bambas
tinhas amarrado o coração ao cais deserto...
voltei a casa...
espero que apareças...preciso respirar...
podes até matar-me de tanto ar....