Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

E nós...calados...

Áridos e esguios dias. Arestas de frio percorrem as ruas. Branca geada de surpresas aflitas. O Homem e as suas faltas. O Homem e tudo o que lhe falta. O agoiro de um céu cerúleo. A tarde. O rigor esquadrinhado da dúvida. Compridos vazios aguardando a sua vez. As conversas e o vento forte. A clareira dos risos. O ritual efectivo do vazio. Tudo é e tudo passa. O frio. A dor. A constante frieza de que já foi. O nada. Daqui se vê a nossa milenária distância das coisas. Daqui se observa tudo o que ainda não é. Longo é o adeus. A noite é o recolhimento. Todos os impossíveis vivem incrustados em nós. Todos as suavidades e todo o peso do choro. O cansaço agarra-se à roupa da pele. O sabor do adeus cola-se ao céu da alma. E nós...calados...ao pé do que não dissemos.

6 comentários

Comentar post