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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

E o silêncio é um longo braço

I

E todos nós cá estamos...esperando quebrar a noite

Em que o mal se extingue...e a vida reluza numa aura de paz...

 

II

Posso estar aqui...onde não há vazios

Posso estar aqui...onde o vento não me acode

Porque em mim as cores são cegas

E o silêncio é um longo braço a apontar-me o horizonte...

 

III

Todos nós ali estávamos...

Fecundos punhais na hirta noite

E sugávamos as veias que a luz tecia

Éramos a fronteira onde a lua se extinguia

Como uma vida...como uma sentinela...

Como uns lábios onde despontavam os abismos da noite..

 

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