E o silêncio é um longo braço
I
E todos nós cá estamos...esperando quebrar a noite
Em que o mal se extingue...e a vida reluza numa aura de paz...
II
Posso estar aqui...onde não há vazios
Posso estar aqui...onde o vento não me acode
Porque em mim as cores são cegas
E o silêncio é um longo braço a apontar-me o horizonte...
III
Todos nós ali estávamos...
Fecundos punhais na hirta noite
E sugávamos as veias que a luz tecia
Éramos a fronteira onde a lua se extinguia
Como uma vida...como uma sentinela...
Como uns lábios onde despontavam os abismos da noite..