É vasta a planície onde a alvura silenciosa ascende
Quando a noite cai...e as cabras sossegam nos currais
Ouve-se na noite... o som de um violino rasgado de estertores
Acendem-se estrelas na mágoa...e a alma faz movimentos vagos e trémulos...
Como um papagaio de papel... respondendo à chamada da distância.
É vasta a planície onde a alvura silenciosa ascende
E onde a solidão é um espaço imenso...fechado...inscrito na mudez do verde
Giestas amarelas e cintilantes escutam as aves nocturnas...que soluçam...
E o chamamento é como uma voz...arruinada e profunda...rasgada... ao meio...
Mãos trémulas desenham caprichosas formas...marmóreas...polidas...
E a noite é um território desocupado e cruel...
Onde cada estrela está presa... na raiz do homem!