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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Eis o retrato de um animal inexótico

Esquece-se de acompanhar o sonho
Andando a direito sobre uma linha imaginária
Não curva as pernas...como se caminhasse sobre andas.
Procura o disfarce no riso parvo e desconexado
Abrindo a boca como um sino desafinado mostrando a lagartal língua.
Imbuído na sua aparência caricata
Está em consonância permanente com o disparate.
Orfâo de vida e de lanugem, a cabeça é uma bola tímida
Onde não cabem as dietas alimentares...
Para vegetar basta-lhe o cartão multibanco
É uma coisa sem força...desengonçada...
Desgraciosa... pela parte do parto.
Dominado pela fêmea...
Evita afanosamente as angústias do contraditório.
Detesta o confronto e manipula as falas...
Se tem fantasias...vivem disfarçadas e esquecidas...desmembradas...
Na sua vida nada espirra, nada arde, não há faúlhas...
O diário impôs nele uma rotina de cão acorrentado...
E a sua vida é despida de curiosidade!
Eis o retrato de um animal inexótico...