Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Emoções

Fechado numa emoção impulsiva

Salto a margem que me divide

E atravesso o barranco

Por onde se escoam águas barrentas

Não cambaleio...dou enormes passos

Como se fixasse a alma numa afeição

Ou numa mordedura quente

De onde brotassem tímidas palavras...desassumidas

Páro depois...com um desgrenhado zelo

Numa encruzilhada de gente rara

Que me surge como se fosse

Uma fosforescência de filigrana...

 

Abandonado ao desleixo dos dias

Como uma brutal fumaça de erva

Dormindo sob uma majestática impaciência

Afago essas cabeças sem raiva no coração

Apenas as quero ver coloridas

Como se fossem uma tribo

Que anuncia dias floridos

Com sinaizinhos de fumo

Que se elevam sobre a pele clara das faces mimosas

Afago essas crianças

Vestidas de belos bibes multicolores

Reposteiros que destapam a luz

Onde as pedras sanguinolentas e sombrias

Se fundem em caprichosos vergões violeta

Que irados me assaltam os olhos empedernidos

Como se fossem sinais de espanto

Polidos como azeviche

Dormentes como a palidez

Majestosos e delirantes

Como grandes sequóias bradando aos céus

Que me contemplam os denegridos olhos sombrios

Vazos por uma espuma enrubescida

Como um sol esquecido

Ou como um anjo sem auréola

Que se vestiu de fantasma...

2 comentários

Comentar post