Encerrar as contas..
Encerrar as contas...procurar no tempo a eternidade
Construir breves formas...esquecer a carícia das saudades
É isso que chamo...incendiar as flores...renascer noutro caminho...ocupar o espaço
Sob um céu de luz...os grãos de areia luzem nos sorrisos
Sob a mesma espera...quebra-se o sol...de mansinho
E os búzios...olham-me...como feiticeiros da extensão plana dos sonhos
Que me ligam ao mar...
Corpo a mover-se....pluma de pele e ossos a ressaltar nas ruas
Entrelaças a alma em amarras que inventas
Despes-te das feras que se acumulam em ti
Transcendes o impossível véu da noite...
Acumulas em ti as ervas...as veias...as esperas
És o alimento da luz...a pétala estalada...bela....deslumbrada
Prometeste construir um enredo de silêncios...inteiro...rosáceo...
Mas apenas fizeste com que os astros caíssem na lama
Rasgaste a vida...receaste a plenitude dos barcos...ficaste...
E já não ousas erguer os olhos para a beleza dos malmequeres...
Lembras-te da espuma a desfazer-se?...como tu...