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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Encerrar as contas..

 

Encerrar as contas...procurar no tempo a eternidade

Construir breves formas...esquecer a carícia das saudades

É isso que chamo...incendiar as flores...renascer noutro caminho...ocupar o espaço

 

Sob um céu de luz...os grãos de areia luzem nos sorrisos

Sob a mesma espera...quebra-se o sol...de mansinho

E os búzios...olham-me...como feiticeiros da extensão plana dos sonhos

Que me ligam ao mar...

 

Corpo a mover-se....pluma de pele e ossos a ressaltar nas ruas

Entrelaças a alma em amarras que inventas

Despes-te das feras que se acumulam em ti

Transcendes o impossível véu da noite...

 

Acumulas em ti as ervas...as veias...as esperas

És o alimento da luz...a pétala estalada...bela....deslumbrada

Prometeste construir um enredo de silêncios...inteiro...rosáceo...

Mas apenas fizeste com que os astros caíssem na lama

Rasgaste a vida...receaste a plenitude dos barcos...ficaste...

E já não ousas erguer os olhos para a beleza dos malmequeres...

Lembras-te da espuma a desfazer-se?...como tu...