Escuro intenso
Vasa a maré e aparece o lodo...
A alma pesa como chumbo entediado
Há lama... comédia...estagnação
E tudo acaba num tempo pacato
Com uma hemoptise de tédio!
Os dias são mares ondulantes
Feitos de esmeralda profunda
Profundos como poços negros
Que pedem para respirar...
Ar puro...ar puro...ar puro...
Subimos à gávea...vemos o futuro
E sorrimos à magia das pedras
Que dormem nas falésias
É noite...
A cama cheira a uma febre débil
A luz da rua
Reflete-se na muralha de serena candura
E as aparências de sombras
Dispersam-se no escuro intenso