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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Escuro intenso

Vasa a maré e aparece o lodo...

A alma pesa como chumbo entediado

Há lama... comédia...estagnação

E tudo acaba num tempo pacato

Com uma hemoptise de tédio!

 

Os dias são mares ondulantes

Feitos de esmeralda profunda

Profundos como poços negros

Que pedem para respirar...

Ar puro...ar puro...ar puro...

 

Subimos à gávea...vemos o futuro

E sorrimos à magia das pedras

Que dormem nas falésias

 

É noite...

A cama cheira a uma febre débil

A luz da rua

Reflete-se na muralha de serena candura

E as aparências de sombras

Dispersam-se no escuro intenso