Espelho
Dentro do espelho ficou presa a imagem de um rosto
Solitária casca sem tempo nem verdade
A boca fala de memórias de luas esquecidas
O tempo balança-se nas conchas do outono
É altura de jorrarmos pelas escarpas do sonho...
Abracemo-nos como duas almas que descansam na paz dos seus corpos... nus.
Em todas as ruas há uma espuma esquecida
Boca de coração a fingir espasmos de amor
Pairas onde nenhuma água brota... como uma pele pálida e seca
Onde as sombras vão beber a ternura de um sopro
E onde tudo o que é esquecido é uma fonte de ruas compridas...e mortas...