Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Esquadrinho a penumbra dos meus passos...

Esquadrinho a penumbra dos meus passos...

Vejo as marcas de alguém que pisou o meu passar

E por entre o infinito dos meus dedos...

Foscos xistos dizem-me coisas incapazes de pensar

Porque falam comigo as vozes das arestas?

Porque me fitam as paredes lisas..de cal

Onde está esse jardim da madrugada...

Em que perdi a minha imagem vertical?

À esparsa luz das teias invisíveis...cobrem-se gestos..despem-se máscaras

Os olhos brilham no fundo oculto dos sentidos

Tilintam ambições na voz quebrada dos poetas

Descem suores de sol pela pele dos poetas

E o mundo ri-se das flores...desertas

Que crescem nos atalhos brancos do pensamento

Onde o lápis é o cajado das palavras

Que podem florescer numa jarra de papel

Dentro de um difuso espelho vejo espraiar mares

Que acordam agora a minha voz...

Imolada numa rua de cordel...