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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Esqueci-me da cidade

Sou um vagabundo dos instantes

Corro dentro de um relógio

Esqueci-me da cidade

E afastei-me como um barco carregado de histórias

Não há medo nesse matagal de memórias

Nessas meteóricas madrugadas de ausência

Circulo rente aos poços

Conto lendas ao sono das paredes

Paro para bocejar

De um momento para o outro

O ar cai sobre mim...vibram raros segredos

Sei que uma nova epopeia vem aí

Todos os dias a lucidez me persegue..

Sou o circuito errado da noite

O olhar vítreo das palavras

O espelho de noites de angústia

O sono fantasmagórico das luas

De que cor são as ruas que escorrem dos subterrâneos?

Como são os mundos que dormem no fundo da noite?

Luminosas pálpebras convidam-me a escutar as vergônteas

Sonham com estrelas

Esquecem receios

Sabem que o céu está pejado de nódoas

E que os sorrisos corroem a pele

As medusas parecem fantasmas

Flutuando sob a cegueira das ondas

Sempre..sempre...

Com o desumano fundo do mar a puxar-nos para dentro de nós

Como um ardor que murcha os dias

Ou como uma visão que atordoa os sentidos

Somos a reminiscência da terra

A mortalha dos deuses

E também somos a casa desarrumada de Cronos.

 

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