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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Estilhaços

Estilhaços de praias despidas cobrem a voz que nos segreda

Algures um sonho abate-se sobre a madrugada

É a gestação das águas a abrir frestas na vidraça

São as violetas a agarrarem-se ao brilho ofuscante do sol

Solitários desejos vêm beber connosco o sal da manhã

O nosso corpo alegra-se perante o voo extasiado das mariposas

Já não lembramos o cais nem o vento nas gelosias

Por fim desembarcamos dos nossos cansaços..

Agarramos no sono que iludiu a solidão...

Marcamos o dia com pequenas cicatrizes

Cicatrizes que são como pequenos mapas translúcidos

Que nos dizem que a velas dos barcos

Querem adormecer junto ao nosso coração

Mas nós..mendigos impiedosos do silêncio

Apenas queremos encontrar

A sombra longínqua que nos aguarda

Sem sabermos bem onde...

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