Eternidade
Floresta..fonte...ínsua onde as conversas declinam
Lira melódica onde a carne se embebeda
A imperfeição é a semente das ternuras
A juventude uma embriaguês
Junto ao vento
A terra é a seara onde o sol se recompõe
A teia luminosa das palavras
É a corda por onde o suor escorre... lentamente..
A iconoclastia surda e muda das imagens
Embebeda as teias e as gotas translúcidas
Promessas...promessas e mitos
Sorrisos e escombros...fêmea e cântaro feito de sorrisos
Posso dizer-te que há jaulas nas luas
E que os lábios mendigam despojos de violinos
Pouco mais há a dizer..
Os palhaços enternecem
Derramam sonhos como anjos louros
Quem sabe se o desgaste dos dedos não virá de uma musa florida?
Se os desejos são a sobrevivência dos caminhos solitários
E os jardins são paredes onde a noite sonha com a monotonia dos dias
Possa eu tocar-te com a pontinha dos dedos
E tudo será eterno...