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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Fantasia....

Chamei pelo teu odor com os olhos pousados no poente

Chamei por ti num desespero doce que se calava no mar azul escuro...profundo

E a minha voz que ressoava numa irresistível sombra que se revirava no meu coração

Olhei a luz erguida num clamor transfigurado por um céu novo e reconhecido

Não havia árvores... nem folhas... nem aves...nem clareza ...nesse fim de dia

O vento chorava uma mágoa pungente e tão sentida

Que as doces memórias se transformavam numa luz que iluminava o escuro

E a lua que se arrastava num céu ébrio e transfigurado

Fugiu em direcção ao coração do Universo...

Só para não ver o poente da nossa música

Que entoava no ar árias profundas...

Que ecoavam nos corações passantes...mudos

Até que...finalmente vi as cores fortuitas do desespero...

Desaparecerem envoltas num perfume que se derramava pela vastidão da noite

Era de novo a branca esperança...

Era de novo a venerável bênção da harmonia...

Incontida...devoradora...

Era uma espécie de cascata musical...onde os teus cabelos revoltos

Derramavam hinos...profundos...que se insinuavam sobre os nossos murmúrios

Como lembranças beijadas...pela mágoa misteriosa...de um vinho inebriante...

Era um sonho...apenas uma flor de cardo...apenas uma fantasia...real!

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