Feliz Natal para todos
Em cada olhar um resto de cidade
Escura agonia de candeeiro sem luz
As mesas cheias...as sombras...os silêncios
Em cada esquecimento uma agonia
Em cada noite bordada por luzes que acendem e apagam
Alguém resgata de si os últimos sentimentos
Alguém encontra na sua profunda desilusão a noite nua
O frio murmura e vai acompanhando a noite
As mesas vazias...as prendas abertas
Alguém fechado em si absolve as suas amarguras
E bebe a espuma dos desertos
Como quem não tem ninguém
Para partilhar a sua intacta solidão
Contudo...é noite de Natal!
Feliz Natal para todos