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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Fica comigo...

Tanta coisa acontece ao mesmo tempo...tantos porquês e tantos senãos

Partilhamos a rua e a nossa face com quem se cruza connosco

Cada um é um mundo..cada um está no seu mundo...e contudo

Todos partilhamos o mesmo mundo...o mesmo sol...a mesma superfície

Vivemos isolados dentro dos nossos olhos..como gente estranha às coisas que acontecem

Nascemos..mas simplesmente somos incapazes de ver para além da nossa infância

Somos incapazes de adivinhar o olhar que olha o infinito..a luz das coisas escondidas

E com que facilidade inventamos tristezas...sem saber qual é o fim e o princípio da tristeza

Sem reparar que a tristeza não nos serve...é como uma roupa apertada...

estranha ao nosso corpo e alma

Simulacro de morte do coração...estranhos...somos estranhos...

os pássaros são estranhos

A felicidade é estranha..

a felicidade esse sentir de lágrimas apertadas no rosto das manhãs

E Deus? Esse ser que dizem que inventou o mundo e os homens

Esse ser que queria que todos fossem felizes...é apenas uma miragem da alma

Prometo que um dia vou desenhar no vidro embaciado a palavra destino

Prometo que me escondo por detrás da janela...

E escutar o sorriso das pessoas que invento

Por vezes inventamos pessoas...construímos pessoas como castelos de cartas

Por vezes as pessoas são mesmo um castelo de cartas...

Que se desmorona perante a aflição do nosso coração.

 

Disseram-me que por debaixo da nossa pele existe uma dor tatuada

E que todas as palavras do mundo estão dentro de nós

E mentimos...quando dizemos que nos conhecemos

E mentimos quando falamos das coisas que existem para além da tristeza

Porque habitamos dentro de um palácio triste...cheio de luz e surpresas

Um palácio que não podemos partilhar...

Porque temos medo das sombras que vivem nos corredores

Por vezes...uma pequena lágrima muda uma vida..

Um pequeno rio que escorre das nossas profundezas

Ingenuamente vamos empilhando folha sobre folha..palavra sobre palavra

E não sabemos para que serve esse livro fantástico da Vida

Mas corremos em direcção a um tempo...um tempo de dizer...

Fica comigo...

 

 

 

 

 

 

 

 

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