Fio de meada
Fio de meada sem fim
Bosque de gente sem alma
Austera fonte
Mitológica sombra a acenar ao esquecimento
Guitarra transparente... som de memória sagrada
Gente feita de silêncio...
Descalça segues pela obsessão do vazio...
De ti e da melódica harpa
Que encanta o tempo...que corrói o frio...
Ressaltam breves lendas
Em ti respiram branquíssimos sóis
Em ti incham as veias do mar
Por dentro de ti avança a fúria dos séculos
E pensas que o pensamento vive no labirinto
Onde os instantes são os remos de espelhos
Atentos à dissolução das memórias...