Flores coloridas
Cogumelo esotérico. Fonte de todos os mundos. Nebulosa evasão. Calcado o chão. Partida fonte dos dias esqueléticos...abraço a abstracção dos instantes. E deponho a minha solidão em concêntricas asfixias.
Tudo cabe em tudo. Em toda a carne vive no embrião dos séculos. Em toda a partida cabe a vontade dos desertos. E eu...cego de maresias...desço os meus degraus e...compreendo o suicídio das marés.
Sou concreto. Vário. Espero a palavra que ondula na noite. Espero o destino que vive nas cúpulas da sorte. Espero as agruras da erva e a sofreguidão dos corpos. E espero nunca conhecer os limites do deserto. Mas é sempre o mesmo nevoeiro. A mesma impossibilidade. A mesma onírica veia. A mesma porta entreaberta. A solicitar mais desalinho. Mais órbitas. Mais bússolas. Mais estilhaços e mais evasões. E a prometer-me mais flores coloridas...