Fome de vencer
Não sei se deixei algo de mim para trás
Mas sei que algo me falta...
Sequei...nessa poeira de nadas...sequei
Escondi-me...no fundo de um qualquer olhar...escondi-me
De mim...
Não há mais segredos
Tudo se passa na orla dos dias
E do brilho que escorre dos céus...nada se sabe
Fomos feitos pela multidão de corpos suados
Fomos passados de mão em mão
E se queremos voar
É porque não temos asas
Se queremos viver
É porque esperamos um dia descobrir quem somos
Como se nos lembrássemos
Da fraqueza do nossos corpos...abençoados
Que tecem ondulações de vento
Pregado na voz do desespero...
Que como um susto
Que se cola à nossa telúrica fome de vencer
A morte...