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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Formidável vida

Fechei a porta como se fechasse o passado

Deixei as recordações de olhos gastos

Fiapos de pele suave desprendem-se das paredes

Frestas onde posso ver os dias

Amanhã...vou ver como está a esperança

Viajar por cima dos candeeiros...despertar o ar

Eléctricos indiferentes levam as palavras até ao mar

Papéis rodopiam... varrem o chão

E no deslizar de cada passo

Ouve-se uma algazarra de luz

Um lamento de suor

Fechar os olhos...esquecer

Sentir o pestanejar das folhas

É mesclar-se com a vida

Formidável vida...

Que erra pelos nossos corpos

Sai-nos pelas goelas...aloja-se na pele

Visto um ridículo corpo feito de vento

Uso uma memória em sépia

Tenho um lado oculto...

Não deixo que o mundo se sinta sozinho

Que os relâmpagos se espraiem na rua

Estou cá...como uma ave que filtra a luz

Ou...como uma recordação

que se quebra na sombra!

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