Fumo...
Chegaste como uma flor aberta
Foste a minha barca lançada ao mar
Por ti fiz a minha prece de sangue
Por ti o fumo elevou-se no ar
Por ti as janelas foram espelhos
Espelhos onde as gravuras eternas se escondem
Onde os sinos tocam e os gelos se derretem
Confia em mim...esquece os altares e as catedrais
Ouve o eco do mar no silêncio do luto
Vem ouvir os galos pela manhã
E o rumorejar sentido das árvores...
Açoitadas pelo vento
Esconde de mim as flautas encantadas
Os circos de pessoas aflitas
E as tendas dos refugiados...como eu...
Mas não te escondas....da minha fé em ti!