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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Gavetas vazias

Sabemos tão pouco dos dias

Em que quietos iludimos a ternura

Sabemos tão pouco do vento

Que nos afagava as palavras ternas

Havia a fogueira e uns lábios embaciados

Havia o sal que escorria pelo teu ombro

E eu mordiscava com um sorriso

Hoje abro os olhos e vejo luas e manhãs

Mas não encontro os nossos corpos

Se eu conseguir que a morna tarde

Se prolongue pelo universo...talvez tu voltes

Talvez me digas que já não encontras outros dedos para enlaçar

E que os papéis que o vento levanta

São despedidas de amores atrasados

Guio-me pela tua ausência

Como um rapaz que trai a sua pele

Descubro que já nada me chega

Que a minha bebedeira é um aconchego de feitiços

E que tenho os olhos cheios de gavetas

Vazias...

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