Gentis pensamentos cortam os ares...
Uivam os cães... perante as vénias carcomidas dos loucos
Gentis pensamentos cortam os ares...
E um violino taciturno murmura poemas que rangem de encontro às portas...fechadas...
Como se tivesse pressa de encantar o céu...ou de poisar nos prados...
De onde...subitamente...aves negras se elevam...num voo ilimitado
Para além das terras e das árvores...que o tempo habita
Como se fosse uma criança...com todo o futuro dentro de si...
Usando uns olhos profundamente sonhadores...que correm pelas montanhas...
Onde jazem abismos entorpecidos...pelo marulhar do mar...
E é nessas montanhas... que no cimo são habitadas por uma pequena casa...
Que vive o nosso amor..recluso...