Guarda o teu segredo na terra despida.
Tu que amoleces os sonhos em charcos de lama
Que secas a pele na quietude colérica dos dias
Acorda a carne...alimenta essa tua imberbe placidez
Com a secreta secura das lágrimas
Com a virtude perdida...num poço de fundo opaco...
Onde a luz não chega...e as estrelas não encontram espaço...
Despedaça o teu corpo nessas escuras estradas
Dobra este sol com a tua implacável vontade
Não deixes que os rios sequem nas tuas mãos
E...mesmo que os olhos tremam como vagabundos do silêncio
Guarda o teu segredo na terra despida.