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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Há dias em que somos pedras

Há dias em que somos pedras

Braços pernas tronco alma

Tudo empedernido

É então...que olhando o chão

Vimos lá caído o nosso coração estilhaçado

Pegamos nele...com cuidado

Coloca-mo-lo no seu lugar

E voltamos a ser pessoas.

Seguimos depois para o cais mais próximo

Senta-mo-nos sobre a pedra que já fomos

E acenamos com o nosso lenço branco

Ao navio que parte rumo ao ocaso

Esperando...esperando sinceramente

Que ele atravesse a noite de breu

Que nos consome

E encontre o cais luminoso que merece

Que merecemos

Depois...apaziguados...pensamos

Foi melhor assim

É melhor assim...

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